SAUDADE DOS FILHOS
@psicologodoesporte.paulopenha
Falarei hoje sobre a saudade das mães e dos pais, quando suas filhas e filhos saem de casa para jogar em outras cidades, e a saudade que os atletas possuem de seus familiares. Essa é uma das situações mais comuns no mundo esportivo, que por muitas vezes são ignoradas por serem consideradas normais e incontroláveis.
Por mais que se tenha conhecimento que essa mudança faz parte do mundo esportivo e que é positiva para o amadurecimento desses jovens atletas, o que não vemos são as dificuldades que acontecem quando essa saudade é mal elaborada, tanto pelos pais quanto pelos atletas. É comum surgirem reações e emoções como medo, apreensão, depressão, ansiedade, pânico, fobias, angústias... Acredito que já deu para perceber que não são poucos os sintomas que podem aparecer e, por esse motivo, essa “separação” não poderá mais ser ignorada.
Percebam que no parágrafo anterior coloquei a palavra separação entre aspas, com a intenção de destacar que essa separação é física, mas de modo algum poderá ser emocional. Muitos pensam que por estarem a milhares de quilômetros de distância, que a relação que se tinha antes será perdida. Por esse motivo, muitos pais acabam por exigir demais de seus filhos ao pedirem atenção constante dos mesmos, que estão em outras cidades, com uma rotina muito diferente, com os horários apertados, sendo exigido disciplina a eles e resultados das equipes esportivas em que estão. Caso a família não consiga equilibrar o que está sentindo, há a possibilidade de se criar uma “bolha” de sofrimento cada vez maior, que uma hora irá estourar e geralmente quem sofrerá e perderá mais, será a/o atleta.
A sensação de sufocamento proporcionada pelas famílias, aliada as cobranças normais de treino, poderão desenvolver psicopatologias, que caso não sejam identificadas e trabalhadas com a velocidade necessária, poderão levar os atletas a uma desistência precoce em seus esportes.
Portanto, destaco nessa coluna a necessidade de se administrar adequadamente a saudade e ao menor sinal que alguma das partes esteja sofrendo, algo deve ser feito imediatamente a respeito, para que no futuro, as lembranças dessa fase sejam mais positivas do que negativas.
Espero que tenham gostado dessa coluna, até a próxima.
Para qualquer dúvida, Paulo Penha está à disposição por meio do Whatsapp (41)99108-4243.
Profº MSc. Psicólogo Paulo Penha de Souza Filho
Paulo Penha de Souza Filho é formado como Psicólogo, Mestre em Distúrbios da Comunicação, Especialista em Fisiologia do Exercício, Especialista em Psicologia do Esporte e Especialista em Psicopedagogia.
Gerente de Saúde Esportiva na Psiccom Saúde Integral (PSICCOM), onde também atende clinicamente. Professor em cursos de pós-graduação e Palestrante. Coordenador do Grupo de Estudos em Ciências do Esporte (GECE). Membro Diretor da Associação de Psicologia do Esporte do Paraná (APEP).
Trabalha em clubes, academias, e no consultório com atletas amadores, profissionais e olímpicos.
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